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Governo entra em alerta com inflação de alimentos e consequências na popularidade de Lula

Análise: inflação dos alimentos preocupa governoO aumento no preço dos alimentos tem sido uma preocupação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Por André Miranda

22/01/2025 às 20:04:50 - Atualizado há
Foto: G1 - Globo
Análise: inflação dos alimentos preocupa governo

O aumento no preço dos alimentos tem sido uma preocupação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A percepção no Planalto é que o aumento da inflação tem corroído a popularidade do governo, especialmente no caso dos alimentos, índice que está acima da média geral do país.

No ano passado, o preço de alimentos básicos como carne, café, leite e laranja subiu de forma expressiva. O ano fechou com uma inflação de 7,69% dos alimentos e bebidas em 2024, bem acima do que ocorreu no ano anterior, quando o grupo subiu 1,11%.

O número também é maior do que a inflação oficial do país, que ficou em 4,83%. O subgrupo Alimentação no domicílio avançou 8,23% no ano, também com as carnes como destaque. Elas acumularam alta de 20,84% em 2024, a maior variação desde 2019, quando o avanço foi de 32,40%.

Os dados são referentes ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado neste mês de janeiro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Os resultados têm um grande impacto em como a população enxerga o governo. Isso porque um aumento no índice afeta quem mais sofre com o aumento da inflação, os cidadãos de baixa renda.

Durante a reunião ministerial dessa segunda-feira (20), na Granja do Torto, Lula deu um puxão de orelha nos ministros, cobrando medidas para o enfrentamento do aumento de preços dos alimentos. A questão gerou um debate sobre o preço do dólar e sobre o impacto dos eventos climáticos.

Casa Civil recua

Após o ministro da Casa Civil, Rui Costa, dizer na manhã desta quarta-feira (22) que o governo Lula faria intervenções para baratear o preço dos alimentos, o próprio ministério negou que prevê tal ação e disse que o ministro usou um termo equivocado.

Pela manhã, Rui Costa declarou:

"Nós vamos fazer algumas reuniões com o ministro da Agricultura, com o ministro do Desenvolvimento Rural, que pega as pequenas propriedades, e o ministério da Fazenda para a gente buscar um conjunto de intervenções que sinalizem para um barateamento dos alimentos".

No início da tarde, o ministério publicou um posicionamento no qual dizia que o termo correto seria "medidas", diferentemente de "intervenções" faladas por Rui Costa.
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